Vídeo mostra prisão de médico suspeito de matar esposa envenenada em SP; mãe passou mal na delegacia
06/05/2025
(Foto: Reprodução) Luiz Antonio Garnica e a mãe são suspeitos de matar Larissa Rodrigues em Ribeirão Preto. Laudo apontou substância conhecida como chumbinho no organismo da vítima. Veja momento em que médico suspeito de envenenar esposa é preso em Ribeirão Preto, SP
O médico Luiz Antonio Garnica, preso com a mãe nesta terça-feira (6) por suspeita de matar a esposa envenenada em Ribeirão Preto (SP), recebeu voz de prisão enquanto trabalhava em um consultório na cidade.
As imagens mostram quando o delegado Diógenes Santiago Netto, responsável pelo cumprimento do mandado de prisão, informou ao médico que ele estava preso por causa da investigação de homicídio.
Garnica não reagiu e perguntou se poderia avisar o advogado dele, mas o delegado pediu o celular ao médico e se prontificou a informar a defesa.
Os policiais também informaram a Garnica que ele poderia avisar os familiares quando chegasse à delegacia. Em seguida, o médico, visivelmente surpreso, se sentou em uma cadeira e apontou para o coração, demonstrando dificuldade de respirar.
O médico Luiz Antonio Garnica e a esposa, a professora Larissa Rodrigues, que morreu envenenada em Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
A mãe de Garnica, Elizabete Arrabaça, de 67 anos, que também é suspeita na morte da nora, foi presa no Jardim Irajá, na zona Sul da cidade.
Ao ser levada à delegacia, ela passou mal e foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). De acordo com a polícia, ela foi encaminhada a um hospital particular.
O delegado Fernando Bravo disse que ela vai receber toda assistência necessária.
O advogado Júlio Mossin, que defende o médico, disse que não teve acesso ao mandado de prisão, mas afirmou que Garnica é inocente.
Já o advogado Bruno Correa, que defende Elizabete Arrabaça, preferiu não se manifestar neste momento porque ainda não teve acesso ao inteiro teor da investigação.
Presa por suspeita da morte da nora, sogra passa mal em delegacia de Ribeirão Preto, SP
Investigação
Segundo a polícia, Garnica e a mãe são suspeitos de matar Larissa Rodrigues, de 37 anos, em março deste ano. O laudo toxicológico feito no corpo da professora apontou envenenamento pela substância conhecida popularmente como chumbinho.
Ontem nós conseguimos encontrar uma testemunha que relatou que a sogra estava procurando o chumbinho para comprar, aproximadamente 15 dias antes da morte, então isso nos trouxe uma segurança que ela juntamente com o filho mataram a Larissa, disse o delegado Fernando Bravo, chefe da investigação.
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De acordo com Bravo, o comportamento do médico no momento em que as autoridades chegaram ao apartamento onde a professora foi achada morta chamou a atenção da polícia.
A participação dele ficou bem evidente para nós pela forma que ele encontrou a Larissa, ela já estava com rigidez cadavérica e ele tentava limpar o apartamento como se fosse tentar desfazer as provas para a perícia técnica não detectar uma prova contra ele, então isso nos deu segurança pra pedir a prisão dos dois, disse Bravo.
Morte em março
De acordo com o boletim de ocorrência, no dia 22 de março, Garnica relatou que chegou ao apartamento do casal no bairro Jardim Botânico, zona Sul da cidade, e estranhou o fato de Larissa não responder ao seu chamado. Ele disse que, depois de procurá-la por diferentes cômodos da casa, a encontrou no banheiro, caída e desfalecida.
O médico Luiz Antonio Garnica foi preso por suspeita de envolvimento na morte da esposa em Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
Garnica também relatou que, por ser médico, pegou a esposa e a colocou na cama do casal para a realização de procedimentos de urgência, mas que não teve sucesso e chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A equipe acionada confirmou a morte da professora no local. O caso inicialmente foi registrado como morte suspeita.
Laudos foram solicitados ao Instituto Médico Legal (IML) e ao Instituto de Criminalística (IC) para apontar as circunstâncias da morte.
Envenenamento
O primeiro exame no corpo da professora foi inconclusivo e apontou que ela tinha lesões patológicas no pulmão e no coração, além de cogumelo de espuma, termo médico que indica contato do ar com líquido do organismo e que pode ocorrer tanto em situações de morte natural e não natural.
Nesta terça-feira, a Polícia Civil cumpriu mandados de prisão temporária contra o médico e a mãe dele após o laudo toxicológico apontar o chumbinho no organismo de Larissa.
A professora de pilates Larissa Rodrigues morreu em Ribeirão Preto, SP, em março deste ano
Arquivo pessoal
De acordo com o delegado, a sogra foi a última pessoa a ver Larissa com vida na véspera da morte. A investigação também apontou que a mulher chegou a ligar para uma amiga perguntando sobre o chumbinho.
Ela chegou a ligar para uma amiga que é fazendeira para saber se ela tinha essa substância na fazenda. Quando a amiga disse que não, ela pediu indicação de lugar para comprar, mas não foi fornecido ou indicado, afirma.
A polícia trabalha para descobrir como ela conseguiu a substância e a motivação do crime. De acordo com Bravo, há indícios de que Larissa tenha sido envenenada por dias.
Há indícios de que foram administrados ao longo da semana, até porque a vítima chegou e relatou para amigos que toda vez que a sogra saiu de casa ela passou mal, com diarreia. Ela teve alguns sintomas, que hoje a gente percebe, já estavam indicando o envenenamento, diz o delegado.
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